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Ás vezes, a vida ensina-te...

Domingo, 04.12.16

cuidado-com-carencia.jpgÉ mesmo assim. Por vezes a vida funciona como uma espécie de abre olhos e nós é que não damos atenção aos pequenos pormenores que aparecem.

Tudo começa com a lesão: Uma corrida mal preparada, problemas num joelho, e pronto. Paragem e fisioterapia.

E se fosse só isto, seria simples, pois o ensinamento seria fácil de entender: "Da próxima vez que te queiras meter em aventuras, primeiro prepara-te como deve de ser, para não teres problemas."

 

Mas eu gosto de complicar.

 

Pois bem, desde a lesão que tenho ido todas as semanas á fisioterapia, já lá vão uns meses. Não é uma lesão grave, massagens e umas agulhas durante uns tempos, resolve.

A terapeuta é uma miúda nova, bonita e simpática, de quem eu já sei boa parte da sua história de vida mas que, estupidamente não sei uma coisa básica como o seu nome. Faz-me sentir bem. Tanto no óbvio (visto que a lesão está a melhorar) como no não óbvio.

Há uns dias dei por mim ansioso pela próxima consulta só para a ver, outros dias penso nela assim do nada, e poderia dizer que não faço ideia porquê, mas desta vez até acho que sei.

Ela faz-me sentir bem. Pessoa tímida, mas engraçada, simpática, que se preocupa e que cuida de mim.

E sim eu sei que ela é paga para fazer isso, mas pronto, é algo a que não estou nada habituado. E não, também não é paixão, ou amor. Não acredito em amores á primeira vista, mas ao tentar entender o que seria, levou-me numa viagem ao passado.

"Eu não estou apaixonada por ti, é carência..." Disse-me a "C" em tempos, o meu último e maior desgosto amoroso de que me lembro. Na altura não percebi, entendi como que se fosse uma desculpa, como se fosse tudo menos um motivo válido. Ou se calhar estava demasiado cego para entender o óbvio. 

Hoje entendo a carência. O facto de estarmos sozinhos, de sermos só nós contra o mundo modifica-nos, e quando aparece alguém que te dá a atenção que não costumas ter... Facilmente acabamos iludidos entre o amor ou a paixão, e a famosa carência. 

Sim, porque anos depois, eu admito: A carência pode sim, iludir uma pessoa, e não a podemos responsabilizar por isso. É quase como se fosse uma ferramenta do diabo!! 

Tenho pena por demorar tanto a perceber isso... 

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publicado por Madox às 23:40





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